19
ago

A sofisticação das residências “sem paredes”

OPEN CONCEPT –  tendência desde a década de 70

“A primeira coisa a se pensar na hora de decorar uma casa sem paredes é nas diversas funções que os ambientes vão ter. Setorizar as áreas em íntimas, sociais e de serviço. Verificar, de acordo com as necessidades daquela família, quais áreas podem estar em sintonia com a outra sem prejudicar sua funcionalidade e estética”, ensina o arquiteto Júnior Piacesi.

Integração

Segundo ele, alguns cuidados são necessários para não errar na integração dos espaços. “Se a pessoa, por exemplo, gosta muito de receber amigos e familiares em casa, ter seu quarto em integração com a sala de jantar/estar pode ser um incômodo. Da mesma forma que para uma pessoa que gosta muito de cozinhar, talvez ter a cozinha integrada à sala não seja interessante. Então, o cuidado maior se deve ter no diagnóstico das funções que cada espaço vai ter”, explica o profissional.

Já a arquiteta Estela Netto ressalta que é muito importante haver diálogo entre os cômodos. “Todos os ambientes devem conversar entre si. Sendo assim, uma cozinha integrada à sala, por exemplo, deve ser decorada de maneira a se integrar com a sala, ou seja, a cozinha deve manter um status de sala de estar”, destaca.

image

Os projetos de planta livre são ideais para casais jovens e para quem mora só (projeto de Júnior Piacesi)

Prós e contras

Estela explica ainda que os pontos positivos e negativos das plantas livres dependem do estilo de vida dos moradores. “O que pode ser um ponto favorável desse conceito de moradia para uma determinada família, como diversidade de atividades e maior comunicação entre as pessoas, pode ser ruim para outra que, por exemplo, precisa de privacidade para se concentrar num trabalho e o seu home office é integrado à sala de estar”.

Para Piacesi, os ambientes integrados criam uma sensação maior de amplitude, sendo uma ótima opção para apartamentos compactos. “A falta de paredes deixa o dia a dia mais prático e o ambiente mais arejado”, comenta. A desvantagem apontada pelo arquiteto é a privacidade limitada e o isolamento acústico.

Para driblar esse ponto negativo, o especialista recomenda “painéis móveis de vidros ou madeira que integram ou fecham de acordo com a necessidade do usuário”.

Curiosidade

Os primeiros lofts foram criados na França pelo arquiteto Le Corbusier na década de 1920. A partir das décadas de 60 e 70, o conceito virou tendência em Nova Iorque, quando artistas, profissionais liberais, fotógrafos e executivos reformaram galpões antigos para transformá-los em opções baratas de moradia. Os lofts originais possuem em sua estrutura enormes janelas e pé direito alto. É mais amplo do que o estúdio, que é mais compacto, apesar de ambos terem o mesmo conceito

Fonte: Jornal Pampulha